sexta-feira, 3 de julho de 2009

HACKTIVISMO


Os monumentos arquitetônicos do poder são ocos e vazios, e funcionam agora apenas como casamatas para os cúmplices e complacentes. São lugares bem guardados que revelam apenas vestígios de poder. E como toda arquitetura monumental, silenciam a resistência e a indignação através de sinais de resolução, continuidade, coisificação e nostalgia. (...)
Não apenas a polícia, mas criminosos, viciados e mesmo os sem-teto estão sendo usados como destruidores do espaço público. A aparência da plebe, junto com o espetáculo da mídia, permitiu que as forças da ordem construíssem a percepção histérica de que as ruas são perigosas, insalubres e inúteis. A promessa de segurança e familiaridade atrai hordas de ingênuos para espaçoes públicos privatizados como os shopping centers. O preço dessa proteção é a renúncia à soberania individual. Ninguém, além da mercadoria, tem direitos no shopping center. As ruas em particular e os espaços públicos em geral estão em ruínas. (...)
A resistência ao poder deve se dar no ciberespaço e não no espaço físico. O jogador pós moderno é um jogador eletrônico. Um pequeno mas coordenado grupo de hackers poderia introduzir virus e bombas eletrônicas em bancos de dados, programas e redes de autoridade, colocando a força destrutiva da inércia contra o domínio do Estado.


Critical Art Ensemble, em Distúrbio Eletrônico

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